domingo, 18 de outubro de 2009

Mestre e Aprendiz

Realmente as lições que o mestre Shimada nos traz de uma vida simples oara buscar a plenitude são para ser vividas diariamente.

Um aprendizado para o dia de hoje: "Não ter recursos no dia de hoje é uma situação temporária; uma hora temos outra não. não ter caráter é para sempre. Temos que agradecer pelo agora e tratar de melhorar. Se não aceitamos e agradecemos o que temos neste momento, se o que temos hoje não poroporcionar contentamento, nem toda a fartura do mundo nos fará felizes amanhã. Saber disso é ganhar um tesouro...."

trecho de O Ioga do Mestre e do Aprendiz,

Para todos que tiveram a oportunidade de conhecer este grandioso mestre de simplicidade cativante, sorriso largo e disposição para ajudar a todos que o procurassem sabem que as palavras abaixo de Lia Diskin , contidas no prefácio do livro de sua autoria “A Ioga do Mestre e do Aprendiz”, ilustram a sua notável trajetória, que certamente nos deixou marcantes lições e muita saudade …

“Nas páginas que tem pela frente encontrará muito mais do que experiências e ensinamentos em torno da ioga”. Elas revelam as condições de viagem dos primeiros imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil; as promessas não cumpridas de trabalhos dignos e rentáveis; os duros anos de suspeita e isolamento a que foram submetidos quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial.
Também encontrará a trajetória dos pioneiros do judô nestas terras: Mestre Ono e Sensei Ogawa, que instilaram um sentido de disciplina e assertividade em milhares de jovens brasileiros. Entre eles o iniciante Shimada, motivo de orgulho para ambos ao se tornar, com pouco mais de 20 anos, tri-campeão estadual na sua categoria.
Da mesma forma, deparará com os bastidores das primeiras emissoras de televisão brasileiras: Tupi, Bandeirantes, Excelsior e Gazeta, nas quais, ao longo de 15anos, Shimada disponibilizou a prática da ioga para uma audiência curiosa e fiel que o transformou rapidamente numa “celebridade”, condição que nunca assumiu, apesar de contar com centenas de alunos, entre os quais o próprio governador do estado de São Paulo, a quem dava aulas nas dependências do Palácio dos Campos Elíseos. Mais tarde, em 1985, foi eleito o 1º presidente da recém fundada Associação de Ioga do Estado de São Paulo.
Um capítulo especialmente emotivo é dedicado às primeiras atividades que consolidaram a instalação da Ordem Ramakrishna no Brasil, promovida pelas sucessivas vindas do Swami Vijoyananda, de quem Shimada se tornaria discípulo, amigo e filho espiritual, mantendo vivas até o dia de hoje as práticas que dele recebeu há mais de 40 anos.
Sua devoção e compromisso espiritual, contudo, nunca colidiram com seu anseio de conhecimento científico, com a abertura a novas fontes de saber que, desde o início de sua atividade pedagógica frente ao Instituto de Ioga Shimada, o fizeram assíduo freqüentador das aulas de anatomia, fisiologia e patologia na Escola Paulista de Medicina. Disto resulta o vínculo selado na década de 1960 com o Instituto de Ioga de Kaivalyadhama, na Índia. As pesquisas científicas realizadas ali ofereceram ao mundo um novo patamar de compreensão sobre o alcance da ioga – aplicação prática de uma visão sistêmica bio-psico-espiritual da nossa unidade de vida, que tem por propósito sustentar uma rede saudável de modos de ser e estar no mundo.
Os estudos do Dr. Manohar Gharote e do Dr. Bhole começaram a circular através das aulas e de traduções domésticas, tendo se mantido referências constantes que ganharam um cenário maior: as aulas do primeiro curso de pós-graduação em Ioga das Faculdades Metropolitanas Unidas, reconhecido pelo Ministério da Educação, criado e coordenado pelo Prof. Marcos Rojo que, coincidentemente, mas não por acaso, fez sua especialização em Kaivalyadhama, com esses mesmos professores.
Junto a esse protagonismo pioneiro – que coloca a figura do Professor Shimada à frente de seu tempo, abrindo caminhos em um espaço minado por fantasias milagrosas, esoterismos oportunistas e desvios de egos inflados – a experiência de vida que aqui relata (do alto de seus 80 anos) é a constatação do poder transformador da sabedoria enquanto amor cultivado no exercício cotidiano do aprender a viver, um campo no qual o Professor Shimada tem muito a nos ensinar.
Em admiração!"

namastê
Jolari

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